sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

UM BRASIL PARA ''TODOS''

As discussões sobre a divisão territorial do Estado do Pará estão cada vez mais acirradas, de um lado os defensores que com o apoio de números argumentam que o repasse de recursos federais passarão de R$ 2.4 bilhões para R$ 5.9 bilhões, ou seja, mais recursos é sinônimo de mais investimentos em saúde, educação, infra-estrutura, secretarias, como a do Meio Ambiente que ajudaria a conter o grande desmatamento sobre a Amazônia Legal e consequentemente um Estado (Pará, Carajás e Tapajós) mais próximo da população. 
Por outro lado, a posição contrária vem divulgar em sua campanha que tal divisão fará com que mais gastos federais com Governadores, senadores e deputados serão feitos, que haverá mais corrupção, desvio de dinheiro e nada mudará, ao contrario, a situação tende a piorar já que os futuros investimentos não chegarão tão rápido para a população. Essa corrente inclusive é a mais divulgada em redes sociais como o facebook. Muitas pessoas, por influencia da mídia e senso comum abraçam a ideia de que a divisão representa apenas um gasto maior com representantes do povo e nada mais que isso.
Lembramos que o Brasil é um território com dimensões continentais, e que nem sempre tivemos a divisão atual, ao longo dos séculos foram várias as modificações e se hoje temos essa perspectiva de grande crescimento futuro, é devido a uma melhor ou mais compacta administração.

DIVISÃO TERRITORIAL DO BRASIL 
AO LONGO DOS SÉCULOS










                                                                                  Fonte: UOL


Para se planejar um território antes de tudo é necessário conhecê-lo para que se tenha uma integração com os maiores centros em beneficio sempre, é claro, da população, os maiores interessados como deveria ser. Mas é exatamente nesse ponto que se começa outra polemica, a divisão territorial do Pará irá beneficiai realmente a população que hoje é estimada em cerca de 7,4 milhões de pessoas ou o beneficio será apenas para os grandes latifundiários da região, pessoas físicas e jurídicas com propriedades de terras maiores que cidades ou até mesmo países? Para termos uma ideia da complexidade da questão e tamanho de tais territórios, apenas o município de Belo Monte é maior do que Portugal.
A divisão e posteriormente os investimentos feitos no Pará irá valorizar grandes porções de terras com a política de integração nacional, ao mesmo tempo que os menos favorecidos podem ver o sonho de melhoras ficar apenas para os mais abastados financeiramente.
A questão é polemica, no entanto, necessária, toda essa discussão que hoje chaga aos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro como exemplo, faz florescer na população um sentimento de pertencimento de que ‘é proibido mexer no que é nosso’, mas a pergunta é o que é que é nosso? Porque podemos em São Paulo ter um território que ao longo dos anos sofreu intensas divisões e faz com que hoje se tenha 645 municípios e o Estado do Pará não tenha o mesmo direito, o lado econômico não pode ser a única explicação? Torna-se necessário nos dias atuais planejar e integrar.

A DIVISÃO DO PARÁ


FONTE: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - Diário Oficial da União (DOU), Frente pró Carajás e Frente Pró Tapajós




Esse sentimento de pertencimento as vezes nos faz pensar como os grandes países Europeus mais os Estados Unidos, em relação aos países de terceiro mundo como inclusive éramos classificados em décadas anteriores, ou seja, podemos explorar nossos recursos naturais, desmatar florestas e adquirir lucros com isso, mas os menos favorecidos não, eles são e continuarão a ser nossas reservas futuras, continuarão a ter um papel insignificante como vemos hoje. É interessante antes de tudo conhecer o Pará e sua população para sermos contra ou a favor de tal situação, é essencial antes de tudo, saber que o Brasil de hoje com o seu contexto político e econômico atual necessita de tais mudanças, se será benéfico ou não para população local, o tempo há de dizer, mais exemplos como o Mato Grosso do Sul, Brasília e Tocantins nos mostra que tais mudanças deram certo.
Que nesse dia 11 de dezembro de 2011 a população do Pará faça a melhor escolha para suas presentes e futuras gerações.

Referências eletrônicas:



sexta-feira, 17 de junho de 2011

RUANDA, DEZESSETE ANOS DEPOIS

Vazio, vontade de estar morto, talvez de não ter nascido, vontade de não fazer parte daquele mundo, espaço, lugar. Esses talvez foram sentimentos que Hutus e Tutsis, duas etnias de Ruanda, sentiram durante os cem dias de atrocidades vividas no país no ano de 1994.
               
                                         Marcas de uma guerra que não era dele
                                                                                      FONTE: Homovisuallis.com


Dezessete anos após o ocorrido vemos forças internacionais intervirem na África setentrional, dezessete anos atrás não foram levados em consideração direitos humanos ou uniões internacionais contra o genocídio, que sim, a comunidade internacional sabia que acontecia e nada fez. Simplesmente viraram as costas e deixaram cerca de 800.000 pessoas perderem suas vidas, deixaram cerca de 250.000 mulheres serem estupradas, milhares de pessoas serem mutiladas. Dezessete anos após o genocídio que durou cerca de 100 dias ressurge em Ruanda uma geração, muitos sem pai, mãe ou referência, com sonhos, vontade de viver e talvez, vontade de paz.

                                                          Mortos em Ruanda
                                                                                                       FONTE: WN

                                                            Desprezo pela vida

                                                                                  FONTE: Geografia Anarquista
                                                                         
                                                             Refugiados Tutsis
                                                                                   FONTE: Geografia Anarquista

Ruanda é dividida hoje, assim como em 1994, por duas etnias, os Hutus, que estavam no comando do governo em 1994, e os Tutsis, que hoje estão no poder. A existência dessas duas etnias se da pelo fato de a Bélgica, no começo do século XX ter feito tal divisão. Após a derrota do Império Alemão na primeira guerra, o protetorado de Ruanda foi entregue aos Belgas, que com apoio da Igreja Católica denominaram, por características físicas, quem seriam os Tutsis e os Hutus. A minoria classe alta Tutsi teve o ‘‘privilégio’’ de ditar as regras, em relação a grande maioria Hutu, também denominados por características físicas, e até mesmo parte da classe menos favorecida dos Tutsis.

A escolha ou divisão foi feita da seguinte forma, negros altos e nariz afinado eram apontados como Hutus, o contrario Tutsis, prática utilizada por anos que acabou por dividir uma população ou etnia única em duas, que mais tarde e mais uma vez por influencias internacionais acarretou nessas milhares de mortes.

                                                      Milhares de esquecidos
                                                                                   FONTE: Geografia Anarquista

São apenas dezessete anos de uma das maiores atrocidades ocorridas na história da humanidade. Na época o então Presidente Bill Clinton disse não saber do que ocorria em Ruanda, a comunidade Europeia, em especial a França, disse ‘‘ter feito o máximo’’ e a ONU, que deveria por sinal ser a força pacificadora, sequer ouviu seu general, Romeu Dellaire, que por diversas vezes pediu apoio à comunidade internacional e jamais foi ouvido.

A verdade é que em Ruanda não há Petróleo, não há ouro, recursos minerais ou naturais que tenham valor econômico que atraia os países mais ricos, como é visto hoje nos países do Norte da África, Oriente Médio ou qualquer outro espaço do planeta que hoje ocorra conflitos. Quando se fala apenas em pensar no próximo ou pensar na Raça Humana, na única Raça, a humana, não há interesse algum dos detentores do poder econômico, a verdade é que não há perspectiva alguma de paz, não teremos essa paz que tanto ouvimos em discursos, não é interessante para quem está por cima.

                                                         A esperança resiste
                                                                                  FONTE: Geografia Anarquista

                                                   O futuro tem sede de paz
                                                                                FONTE: Geografia Anarquista

Que essas 800.000 pessoas que pagaram com as suas vidas, erros acumulados desde meados do século XIX, não sejam esquecidas, mães que perderam filhos, filhos que perderam país, pessoas que perderam parentes, amigos, dignidade, alegria, vontade de viver, pessoas que perderam sentimentos... Que essas pessoas sejam lembradas não somente hoje, dezessete anos após esse genocídio, que sejam lembradas por todo o sempre, pois assim como eu ou você, são pessoas, são humanos.

terça-feira, 1 de março de 2011

DISTRITOS DO SAMBA NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Grande parte das Escolas de samba de São Paulo encontram-se centralizadas em alguns poucos distritos.
A estratégia dessas escolas de construírem suas quadras e barracões próximo ao centro, se dá pela logística, nesse caso transporte de alegorias, que sempre acontece próximo as datas previstas para os desfiles (está previsto para os próximos anos a construção da cidade do samba, local que abrigará barracões/galpões de diversas escolas e será construído na Barra Funda).
O epicentro de toda essa concentração é o Anhembi (Complexo Grande Otelo) idealizado e projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer e inaugurado em 1993. Local que recebe nos meses de fevereiro ou março essas alegorias, foliões e atores sociais que fazem parte das comunidades envolvidas com as escolas.

Passarela do samba

                                                                                                                                             FONTE: SP Turismo

É de salientar também que a localização dos distritos do samba em São Paulo engloba locais de intensa movimentação noturna como Vila Madalena, Santana entre, Barra Funda outros, trazendo assim mais uma opção de lazer para quem freqüenta a noite paulistana. Assim os distritos do samba abrange grande parte da zona central e distritos de zonas vizinhas.
Barra Funda, Casa Verde e Limão, surgem nos últimos anos como os locais que mais abrigam escolas, 7 no total.
As movimentações financeiras que esses locais trazem durante todo o ano, como venda de produtos e a própria geração de empregos gerada pelas escolas são às vezes a única fonte de renda para diversas famílias.
Nos últimos anos temos também acompanhado uma tendência que parece ter se tornado regra em algumas escolas, a mão de obra vinda de Parintins-AM, são pessoas especializadas na construção de alegorias, que após a festa do Boi, realizada no meio do ano, se direcionam para São Paulo para trabalharem nas escolas paulistas.
Assim essas escolas geram empregos não apenas os atores sociais vizinhos a elas, mas também para profissionais de diversas partes do Brasil.


                                                              
                                                                              Distritos do Samba


                                                                                                                              FONTE: Valdeir Cavalcante

As escolas que compõe os distritos do samba em São Paulo são as seguintes:
·         G.R.C.S.E.S. Império de Casa Verde;
·         G.R.C.S.E.S.. Vai Vai;
·         G.R.C.E.S.. Mocidade Alegre
·         G.R.C.S.E.S. Unidos de Vila Maria;
·         Sociedade Rosas de Ouro;
·         G.R.C.S.E.S. X-9 Paulistana;
·         G.R.C.S.E.S. Águia de Ouro;
·         G.R.E.S. Tom Maior;
·         G.R.C.S.E.S. Pérola Negra;
·         G..R.C.E.S Gaviões da Fiel
·         G.R.C.E.S. Mancha Verde;
·         G.R.E.S. Colorado do Brás;
·         G.R.E.S.M. Camisa Verde e Branco;
·         S.C. Morro da Casa Verde;
·         G.R.E.S. Acadêmicos do Tatuapé;
·         G.R.E.S Pega no Samba;
·         G.R.E.S. Santa Cecilia;
·         Caprichosos do Belém;
·         G.R.C.E.S. Unidos do Peruche e
·         G.R.C.E.S. Dragões da Real.

Vale salientar que há ainda nessa região alguns blocos que desfilam em locais distantes do Anhembi já que o mesmo não comporta tamanha quantidade de desfiles na semana oficial de carnaval. Esses blocos assim como as grandes escolas, têm como fator essencial a participação da comunidade. Dessa maneira as entidades carnavalescas tornam-se uma das expressões culturais mais democráticas e acessíveis à população paulistana no geral, e aos moradores das periferias, em particular. A autora Isaura Botelho discorreu no seu livro ‘‘Os Equipamentos Culturais na Cidade de São Paulo: Um Desafio Para a Gestão Pública’’ o tema escola de samba, na qual ela aborda a importância dessas Escolas para com a sociedade: 

A par dos equipamentos públicos e privados existentes, uma administração que se queira eficiente tem de considerar a parceria com associações e entidades de natureza diversa que desenvolvem atividades culturais. Nesse sentido, é interessante observar, por exemplo, a distribuição das escolas de samba presentes em todas a regiões da cidade. (BOTELHO, 2004).

É possível encontrar em poucos metros quadrados durante um ensaio de escola de samba, o rico e o pobre, o negro e o branco, a criança e o idoso entre outros. Escolas de samba proporcionam ainda aos seus participantes, momentos de status não encontrados no dia-dia dessas pessoas. Uma rainha da bateria, por exemplo, nos momentos de ensaios e desfile, se sente se torna e se comporta realmente como uma rainha, o percursionista realmente se sente o coração da escola, e todos juntos se sentem fazendo parte de um só corpo, de pertencerem e representarem uma comunidade, um lugar.

         Julia Lira, 8 anos e rainha da bateria da Viradouro desde 2010

                                                                                      FONTE: O Globo

Outro fator que vale e deve ser salientado é o de que essas escolas ficam abertas durante todo o ano, facilitando assim a visita para pessoas que ainda não obtiveram contato com nenhuma delas. Por estarem localizadas em volta e no centro do município de São Paulo, a facilidade de acesso através de transporte publico ou privado é um ponto positivo pelo fato das diversas opções de linhas e avenidas.
Grande parte dessas escolas realizam durante todo o ano atividades como encontros culturais, shows musicais, encontros comunitários, peças teatrais e práticas esportivas. Em algumas delas o espaço de suas escolas são destinados literalmente a comunidade, com a abertura de diversos cursos profissionalizantes.
Em relação às atividades carnavalescas, grande parte das escolas começa á escolher o seu enredo para o próximo carnaval nos meses de Junho e Julho, são diversas eliminatórias até a escolha final que acontece normalmente nos meses de outubro a novembro.
Após a escolha começam os ensaios para o próximo carnaval, possibilitando há algumas pessoas lazer e a outras, renda.
As escolas de samba acabam sendo espaços riquíssimos em superação, democracia e cultura.
Já os distritos do samba, conforme descritos acima são uma ótima oportunidade para quem já gosta da noite paulistana e para o turista que quer conhecer um pouco mais de São Paulo.



BIBLIOGRAFIA:
BANDEIRA, Pedro Silveira. Institucionalização de regiões no Brasil. Revista da SBPC, ano 58, n°1, jan/fev/mar/ 2006.
BOTELHO, Isaura. Os Equipamentos Culturais na Cidade de São Paulo: Um Desafio Para a Gestão Pública. Espaço e Debates – Revista de Estudos regionais e urbanos, São Paulo, n. 43/44, 2004.
ÁGUIA DE OURO. Disponível em:
˂http://www.aguiadeouro.com.br/˃. Acesso em: 01-Mar. 2011
LIGA DAS ESCOLAS DE SAMBA DE SÃO PAULO. Disponível em:
˂http://www.ligasp.com.br/˃ Acesso dia 23 Nov. 2010.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A HORA É DE MUDANÇA

Em dezembro de 2010, Mohamed Bouzazi, jovem tunisiano de aproximadamente 20 anos, formado em Ciências informáticas, ao saber que não poderia exercer a sua profissão devido às inúmeras burocracias existentes na Tunísia, resolveu entrar para o ramo do comércio. O estudante abriu uma banca e começou a vender produtos dos mais diversos em espaço público, não demorou para que a polícia local apreendesse e queimasse a sua barraca e produtos, alegando que Mouhamed não tinha uma licença para trabalhar naquele local.
Mohamed tentou então os meios legais, buscar uma licença. A resposta foi que ele estava por tempo indeterminado proibido de exercer quaisquer profissão em espaço público.
Não demorou e o estudante tunisiano praticou um ato que certamente marcará a historia do País por muito tempo, o mesmo ateou fogo no próprio corpo e veio a falecer alguns dias mais tarde. Esse ato fez com que estudantes de diversas partes do país resolvessem agir do mesmo modo que Mouhamed, em poucas semanas centenas de Jovens (219 para ser mais exato) já formados e sem emprego perderam suas vidas, a maioria por suicídio.

O ditador Zine Ebidin Ben Ali (de terno escuro) visita o Jovem Mouhamed Bouzazi
que ateou fogo em seu próprio corpo
                                                                     FONTE: www.sol.sapo.pt

Em poucas semanas essa revolta popular, que a principio foi abafada pela cúpula Tunisiana, levou o ditador Ben Ali a renunciar o poder, o ditador administrava o país há 23 anos.
No Iêmen o ditador Saleh, nesse mesmo começo de 2011, anunciou que não disputará as próximas eleições em 2013.
"Não haverá governo hereditário nem presidência vitalícia", Saleh foi o autor dessa frase, ele encontra-se no comando do país há 32 anos.
O mesmo vem ocorrendo na Jordania e Argélia, movimentos populares reinvidicando mudanças imediatas.
Talvez o caso que mais tenha chamado a nossa atenção nos últimos dias, devido a intensa cobertura da imprenssa, seja o Egito.

Manifestante Egípcio durante passeata
                                                                                                                 FONTE: UOL
O presidente Hosni Moubarak já está no poder há 30 anos, e era até então antes desse movimento popular estourar, um aliado forte dos Estados Unidos, digo era porquê essa forte pressão que se aflorou no Egito sobre Moubarak, fez com que os olhos do mundo se virassem para o Estadunidense Barack Obama, defensor assivo da ‘‘democracia’’. Ora, se os Estados Unidos realmente lutam por uma democracia, seria rápido e intenso o apoio do país ao movimento popular certo. Não foi bem o que aconteceu, a realidade é que para os E.U.A, o apoio do Egito é fundamental para conservação de sua bases nessa região do mundo e um apoio a esse movimento popular e a democracia é claro, seria uma traição ao governo que os apoiou nas últimas décadas.
Milhares de manifestantes em mais um ato contra Mubarak
                                                                                                                  FONTE: UOL
Os conflitos no oriente médio não cessam e uma das maiores fontes de renda dos E.U.A é exatamente a indústria da guerra, para esse sistema se manter é necessário ter bases espalhadas por todo globo. A dependência, aliás, é mutua, enquanto os E.U.A estrategicamente mantém a sua base no Egito, o mesmo recebe cerca de 1,3 bilhão por ano em ajuda militar.
A questão é que há muito tempo não víamos tantos movimentos populares em prol de mudanças, movimentos que vem dando certo já que falamos de governos que estão há 20, 30 anos no poder, de ditadores que cometem inúmeras atrocidades para se manterem em tais posições. Estamos vendo hoje, mudanças que afloram outros movimentos em diversas partes do globo, movimentos esses que tem á tão sonhada democracia como tema fundamental de suas manifestações e objetivos.
É importante salientar também que a saia justa vivida pelos E.U.A em relação ao Egito despertou interesse em cidadãos de todo mundo que nunca se perguntaram realmente o porque da Guerra no Afeganistão ou Iraque, viram que aquele discurso estadunidense de que a invasão era em prol da democracia não passou apenas de um discurso, que na verdade o objetivo estadunidense era apenas a exploração de recursos naturais nessas áreas.
A demora de tomar alguma posição em relação ao Egito arranhou ainda mais a imagem de um país que já há alguns anos começa a sofrer com essa posição que exerce sobre todo mundo. Uma decisão errada como essa, incita e fortalece movimentos e pessoas que não vivem o sonho americano, muitas vezes nem se têm mais sonhos devido a tantas dificuldades e responsabilidades que tem em suas vidas, a lutarem por uma vida mais justa e igual.
Pai leva o filho em ato contra Mubarak
                                                                                                                 FONTE: UOL
Assim acompanhamos hoje mudanças que acarretarão, com os novos comandantes desses países, em uma nova configuração geopolítica mundial, mudanças inclusive que chegarão até nós brasileiros, já que vivemos em um só mundo que nunca esteve tão ligado como nos dias atuais.


FONTE: www.uol.com.br , www.veja.abril.com.br , www.sol.sapo.pt